A INDÚSTRIA CULTURAL, PSEUDOFORMAÇÃO E A REPRESSÃO DO SUJEITO
Resumo
A Teoria Crítica tem como um dos temas de reflexão as transformações ocorridas na sociedade
durante o século XX; procura esclarecer o prisma de variação das formas de dominação e de
manipulação da consciência, características da sociedade capitalista. O termo Indústria cultural,
criado pelos autores desta teoria, é utilizado, também, para indicar que o sistema de
comunicação em massa dá suporte para que os economicamente mais fortes exerçam o poder
sobre a sociedade. Deste modo, o objetivo deste artigo foi investigar como a indústria cultural,
com seu aparato, favorece a pseudoformação do sujeito, bem como a repressão do mesmo. A
base epistemológica utilizada neste estudo foi a Teoria Crítica da Sociedade, principalmente os
pensadores Adorno, Horkheimer, Marcuse e Crochík, por seus estudos possibilitarem a
compreensão acerca das contradições existentes na sociedade contemporânea. Igualmente,
os estudos contribuem para a crítica da cultura frente ao desdobramento da razão e da
instrumentalização da consciência. Nesse sentido, o pensamento freudiano, também, se
constitui elucidativo. Se por um lado a humanidade alcançou avanços científicos e tecnológicos,
em contrapartida, isso acarretou a instrumentalização absoluta na pseudoformação e dificultou
a emancipação do sujeito. Nesse sentido, a pseudoformação afeita a essa lógica interfere no
processo formativo do sujeito. À medida que o desenvolvimento amplo dos sentidos e a reflexão
crítica são desvalorizados, os sujeitos tendem a assimilar as características dos objetos
disseminados pela mídia. Assim, tendem a reproduzir o que está posto.